História

O PGRN na Instituição

A UFMS possui cursos de graduação e pós-graduação, ambos presenciais e a distância. Os cursos de pós-graduação englobam os cursos de especialização e os programas de mestrado e doutorado. Visando atingir os objetivos essenciais de aprimoramento do ensino e estímulo às atividades de pesquisa e de extensão, a UFMS vem participando ativamente da preservação dos recursos naturais do meio ambiente de Mato Grosso do Sul, especialmente da fauna e flora do Pantanal, região onde está inserida.

Criação do Programa e Processos Seletivos

Como apresentado no PDI 2015-2019 da UFMS (PDI, p. 23) objetivou-se criar 16 cursos de pós-graduação no ano de 2016. Dentre esses cursos (PDI, p.68) existem programas voltados para o estudo do meio ambiente, onde enquadra-se a atual proposta. O Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais foi, assim, oficialmente aberto em 1 de novembro de 2016. e iniciou suas atividades em dezembro de 2016, com o curso de mestrado. Até  2021 foram realizados 6 (seis) processos seletivos com cerca de 250 candidatos totais e 90 ingressantes, 15 por ano. O programa possui conceito 3 (nota de entrada) de avaliação da CAPES e ainda não foi avaliado. Pelos indicadores de qualidade comprovados, em 2019 obteve respaldo e recomendação institucional por meio de inclusão no PDU e PDI da UFMS e FAENG para submeter a APCN de doutorado.

Áreas de Conhecimento da CAPES

Dos  65 cursos de pós-graduação stricto sensu que a UFMS possui atualmente, O Programa de Pós Graduação em Recursos Naturais é o único na área de Ciências Ambientais.  O PGRN está focado na análise integrada dos diferentes aspectos bióticos e abióticos dos biomas do Estado e da Região Centro-Oeste, o que justifica as variadas formações dos docentes, as quais estão ligadas diretamente com as Ciências Ambientais.

Mato Grosso do Sul é um Estado que abrange quatro biomas: Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Chaco, ressaltando sua relevante importância para a biodiversidade. Esses biomas e suas subdivisões, como é o caso do Pantanal, possuem frações de sua extensão nos países (Bolívia e Paraguai) que fazem fronteira com o Estado e também com outro(s) Estado(s) brasileiro(s). A universidade participa ativamente na preservação e conservação dos recursos naturais do Estado, especialmente da fauna e flora do Pantanal e motiva estudos e pesquisas na instituição.

Escopo do PGRN 

Diversos estudos voltados para a compreensão desses biomas vêm sendo desenvolvidos em áreas específicas. Diante da complexidade desses biomas, ainda existem muitas questões a serem respondidas, destacando-se: a própria delimitação do Pantanal, além da caracterização de seus recursos naturais, pois este bioma abrange elementos do Chaco, Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, e o potencial de seus recursos naturais não é claro. Neste mesmo quadro encontram-se a Serra da Bodoquena e a região da Morraria do Amolar. Além destes, o sul do Estado possui a única área de Chaco no Brasil, que não encontra-se devidamente delimitada e caracterizada. A relação entre estes elementos fisiográficos, Pantanal, Chaco, Morrarias e Cerrado deve ser investigada e há potencial de identificação de novos recursos, bem como amplo espaço para a discussão do seu uso sustentável. Nesse contexto, pretende-se realizar pesquisas voltadas para a compreensão desses biomas baseadas na análise integrada considerando os aspectos geobiofísicos e sociais, o que é necessário diante da complexidade desses ambientes.

Diante disso, o objetivo principal do PGRN é contribuir para a análise integrada dos biomas (Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Chaco) presentes no Estado de Mato Grosso do Sul, compreendendo seu funcionamento biológico, químico, físico e socioambiental por meio de pesquisas interdisciplinares, integrando estudos em Ciências Ambientais e gerando recursos humanos que contribuam para o desenvolvimento regional, profissionais de alto nível com conhecimento multidisciplinar aptos a atuar no mercado de trabalho, na docência e na pesquisa, novos conceitos e informações científicas que promovam ações e políticas efetivas, visando garantir a preservação e a recuperação da biodiversidade e o uso planejado e sustentável dos recursos naturais nesses biomas. O desenvolvimento de tecnologias, técnicas e métodos de geoprocessamento voltados para o estudo e manejo sustentável dos recursos naturais presentes nesses biomas constitui-se também um dos objetivos dessa proposta.

Linhas de Pesquisa e Formação de Recursos Humanos

Nesse contexto, adotou-se a área de concentração intitulada Recursos Naturais e as seguintes linhas de pesquisa: Análise integrada de Geossistemas e Geoprocessamento Aplicado. Em 2018 criou-se a linha de Pesquisa Recursos Florestais Nativos, reunindo pesquisas centradas nos recursos de flora nativa e sua influência na dinâmica das paisagens naturais e antrópicas, o estudo de serviços ambientais e ecossistemicos e de indicadores de biodiversidade.e suas interações, inclusive humanas. A existência de um programa de pós-graduação que tenha por foco a formação de profissionais aptos a lidar com as mais variadas peculiaridades pertinentes a essa biodiversidade é de suma importância, não só do ponto de vista da preservação dos recursos naturais, mas também da capacitação de indivíduos que, mais do que analisar e gerar soluções ligadas a este ou aquele aspecto, a este ou aquele campo do conhecimento, sejam capazes de perceber o meio e suas problemáticas de forma integrada, buscando soluções igualmente conjuntas e viáveis, tanto científica quanto financeira, administrativa, humana, cultural e social.

Interdisciplinaridade do Corpo Docente

O corpo docente do PGRN desde a sua origem, e alinhado com a área de Ciências Ambientais, tem caráter multidisciplinar com diferentes formações em graduação (Geografia, Geologia, Engenharia Ambiental, Engenharia Cartográfica, Biologia, Engenharia de Produção, Física, Geografia e Arquitetura e Urbanismo) e pós-graduação (Geologia, Geofísica, Geografia, Ciências Cartográficas, Ciências, Ciências Biológicas, Engenharia de Produção, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Hidráulica e Saneamento e Ecologia e Conservação).

Destaca-se que grande parte dos projetos de pesquisa e extensão já desenvolvidos e em andamento possuem docentes do programa trabalhando juntos, o que mostra a interação entre o grupo. Os projetos, em geral, estão relacionados às geotecnologias e aos estudos ambientais. Além disso, existem diversos artigos em periódicos publicados em conjunto pelos docentes. No arquivo “PUBLICAÇOES_2017-2020_PGRN docentes.pdf” apresenta-se o quantitativo de publicações em periódicos dos docentes na área de Ciências Ambientais, referente aos últimos quatro anos e a classificação dos mesmos quanto ao Qualis CAPES. Ao analisar apenas as publicações do quadriênio, verifica-se que a média da produção intelectual do corpo docente permanente no período entre 2017 e 2020 é igual a 0,77 artigos A1/ano/docente, sendo que o pico de produção de artigos A1 foi em 2019 (pré-pandemia), quando registrou-se 1,4 artigos A1/ano/docente.