Impacto social, tecnológico e científico

As produções aqui destacadas foram selecionadas em função do impacto científico, tecnológico/inovador e social. Alguns dos critérios considerados relevantes são: a produção em co-autoria entre docentes (mais de um docente, mais de um grupo de pesquisa e mais de uma linha de pesquisa), evidenciando ambiente colaborativo; a produção com participação de discentes em co-autoria, indicando envolvimento; publicação em periódico qualificado (indicador de relevância e de alcance da produção); publicação em periódicos internacionais (devido ao alcance na comunidade científica). Dentre as produções selecionadas e apresentadas na Plataforma Sucupira nas últimas coletas, foram listados cinco exemplos de produções, sendo dois artigos científicos, um livro e duas produções técnicas.

Na categoria artigos publicados em periódicos, destacamos os trabalhos: (i) “Changes in vegetation cover of the Pantanal wetland detected by Vegetation Index: a strategy for conservation”, publicado na revista “Biota Neotropical”, com participação de dois docentes Antonio Conceição Paranhos Filho e Arnildo Pott e uma pós-doutoranda do PPGRN. Ciomara de Souza Miranda. Além da representatividade da autoria em diferentes linhas de pesquisa (Geoprocessamento Aplicado e Recursos Florestais Nativos), o produto possui relevância em termos qualitativos (Qualis CAPES A2). (ii) “Amazon rainforest modulation of water security in the Pantanal wetland”, publicado na revista “Science of The Total Environment” (Qualis CAPES A1), com a participação de dois docentes do programa: Aguinaldo Silva e Ivan Bergier Tavares de Lima, representação da linha de pesquisa Análise Integrada de Biossistemas.

Como produção bibliográfica com destaque, menciona-se o livro “Dynamics of the Pantanal Wetland in South America”, organizado para a editora Springer pelo prof Ivan Bergier Tavares de Lima, e com outros docentes do PGRN como co-autores.
Dentre as produções técnicas relevantes, destacamos: (i) o editorial “Special Issue on Ecology of Wetlands” feito para a revista Oecologia Australis por dois docentes do PPGRN, Camila Aoki e Arnildo Pott, também organizadores do volume. Tal tipo de produção é relativamente rara e representa a inserção e destaque de docentes do PPGRN no cenário acadêmico, com a produção técnica convidada em uma revista Qualis CAPES B1, com destaque nacional. (ii) o evento intitulado I fórum MS de arborização para cidades sustentáveis, liderado por docente do PPGRN e com a participação de discentes e outros professores do programa, evidenciando a capacidade de produção de atividades de disseminação do conhecimento e integração.

A participação dos docentes do PPGRN em sociedades científicas, conselhos e comitês é consolidada e diversificada, e destacam-se alguns exemplos do corpo docente em suas diferentes linhas de pesquisa e atuação:

Sociedades Científicas e Conselhos Editoriais: José Marcato Junior (Geoscience and Remote Sensing Society – IEEE; Corpo editorial do periódico Boletim de Ciências Geodésicas); Arnildo Pott (Sociedade Botânica do Brasil); Eliane Guaraldo (Associação Brasileira de Arborização Urbana e ISA); Jamil Alexandre Ayach Anache (Associação Brasileira de Recursos Hídricos); Alexandre Meira de Vasconcelos (Corpo editorial: Revista da UNIFEBE e REP – Revista de Engenharia de Produção); Antônio Conceição Paranhos Filho (Corpo editorial da Revista de Estudos Ambientais); Camila Aoki (Corpo editorial da revista Oecologia Australis); Franco Leandro de Souza (Corpo editorial do periódico Phyllomedusa); Ivan Bergier (Corpo editorial da Revista Science of the Total Environment); Vitor Matheus Bacani (Corpo editorial: Revista Geonorte e Revista Pantaneira).

Conselhos e Comitês: Eliane Guaraldo(Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental do Lageado – Campo Grande, MS e Conselho da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia); Jamil Alexandre Ayach Anache (Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental do Córrego Guariroba – Campo Grande, MS e Comitê Estadual de Monitoramento da Fluoretação da Água); Aguinaldo Silva (Conselho Universitário e Conselho Diretor da UFMS) e Rogério Rodrigues Faria (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Aquidauana – CONDEMA).

O impacto do PPGRN na educação básica se evidencia na formação de recursos humanos (boa parte dos alunos atuam como professores na rede de ensino básico pública e privada, como detalhado no item sobre os egressos), aperfeiçoando profissionais educadores nas mais diversas áreas. Deste modo, a região se fortalece com as atividades do programa, visto que os docentes estão distribuídos em diferentes campi e unidades de ensino da UFMS e instituições parceiras. Além disso, há projetos de extensão organizados ou participados por vários docentes do programa (Camila Aoki, Rogério Faria, Eliane Guaraldo) que têm como público alvo especialmente alunos e professores da rede de ensino básico. Do ponto de vista cultural, o programa tem impacto significativo no reconhecimento de serviços ecossistêmicos culturais nos biomas e contextos socioeconômicos onde estão inseridos os projetos de pesquisa desenvolvidos pelos docentes e discentes.

No âmbito do PPGRN, existe a colaboração com nucleação/consolidação de novos grupos de pesquisa. No total, os docentes e discentes do PPGRN participam de 42 grupos de pesquisa (14% com a participação de mais de um professor), em diferentes esferas de atuação e alcance, evidenciando que existem múltiplas oportunidades de colaboração em pesquisa que potencialmente beneficiem o programa. Muitos desses grupos são externos à UFMS, sendo solidários na formação de novos agrupamentos e linhas de trabalho, propiciando também o intercâmbio de informações e pessoas. Além disso, a integração destes grupos com os laboratórios que atendem ao programa é bastante sólida.

Nesse sentido, existem 6 grupos de pesquisa que contam com a participação de mais de um docente do programa, aumentando a colaboração interna e contribuindo para o fortalecimento desses grupos. É importante ressaltar que os grupos destacados representam as três linhas de pesquisa do programa (Análise Integrada de Biossistemas, Geoprocessamento Aplicado, e Recursos Florestais Nativos) porém incluem docentes de mais de uma linha em cada um. O grupo de pesquisa com maior participação de docentes do PPGRN é o grupo Geotecnologias para Aplicações Ambientais (8 professores), com início de suas atividades anterior à criação do PPGRN. Outro grupo com elevada participação docente, e consequentemente, envolve um grande número de estudantes do programa, é o grupo ARBOREA: Arboricultura, Recursos Naturais e Sustentabilidade.

Outro exemplo relevante de nucleação é o grupo Estudos Integrados em Biodiversidade do Cerrado e Pantanal, com participação de 4 docentes do PPGRN; esse grupo consolidou-se devido à atuação ampla do líder em outros grupos já consolidados. Na sequência, com três docentes envolvidos, temos o grupo Estudos em biodiversidade vegetal neotropical. E por fim, dentre os grupos destacados, existem os grupos com a participação de dois docentes do programa em cada um: Centro de estudos em interações ecológicas e conservação da biodiversidade em espaços naturais e urbanos; e Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pantanal. Além disso, alunos e docentes do PGRN também participam de grupos de pesquisa externos. Um exemplo recente é o grupo de pesquisa em Hidráulica Ambiental – USP, sediado na Escola de Engenharia de São Carlos, que abriga um docente recém credenciado e seus orientados.

Por fim, é importante mencionar que os 42 grupos de pesquisa com participação do PPGRN estão sediados em 14 diferentes instituições: UFMS (24 grupos ou 59%) e os demais (17 grupos ou 41%) distribuídos em várias instituições espalhadas pelo Brasil: Embrapa (1); IFMT (1); UCDB (3), UDESC (1), UEMS (1), UFGD (1), UFMT (1), UFRRJ (2), UFVJM (1), UNEMAT (1), UNESP (2), UNG (1) e USP (1). Essa distribuição é extremamente importante para a projeção do programa em outras regiões e ajuda na captação de futuros alunos e projetos de pesquisa. Além disso, os grupos de pesquisa sediados em outras instituições propiciam a criação e participação de redes e a consequente inserção de membros do PPGRN nessas iniciativas. Portanto, o PPGRN mostra-se como um ambiente potencial de conexões entre pessoas e grupos de pesquisa e propício à integração em redes de pesquisa de diferentes abrangências territoriais com outras universidades e institutos, com grande capilaridade no contexto acadêmico-científico.